segunda-feira, 21 de outubro de 2013

SAP Satélite Etapa Lages Circuito Catarinense - Analisando à análise do The Analyzer

Amigo Do UTG (Trinca de J) X Daniel (Trinca de 9) x Fabiano (As High Card)

Eu estava mais tranquilo porque recém havia conseguido dobrar minha stack num Flip QQ X A4 suíted de Daniel, quando recebo um A7 de ouros no big blind, o UTG abre raise padrão (1800), os blinds estavam 400 / 800 nesse nível do torneio, o Amigo do UTG (o qual peço desculpas pois não lembro o nome), era um jogador que recém tinha chego à mesa, havia apresentado um único showdown até então (35 off), entregando metade de sua stack à Adriel que fechara uma sequencia contra seus dois pares, então é justo dizer que eu não conhecia seu estilo de jogo, mas abrindo raise do UTG a gente já tende a coloca-lo num range de mãos bem específico, eu diria um grupo 1 onde temos a nata do Texas Holden (AA/ KK/ QQ/ JJ/ AK e AQ), as ações seguem com folds de Kassiano e Adriel, Daniel no botão opta por call, Alysson no small blind folda, e eu então acabo completando a diferença para ve
r este flop.

Bem, vamos jogar um A7 de ouros, sem posição com um raise do UTG e um call do botão, analisando agora, já parece o cenário perfeito pra uma tragédia, mas naquele momento, o A7 naipadinho parecia tão bonitinho e afinal era pouco pra completar, um blind e meio só, é ai que as coisas começam a se encaminhar para uma desgraça.
O Flop vem K/ J/ 9 com duas de ouros, eu flopo o “nuts flush draw”, poderia até sair donkbetando a parada, tentando bloquear as ações dos meus oponentes, e ver o turn pelo preço que eu achava justo, porém, o donkbet é uma jogada que não faz parte do meu repertório, eu opto por check, até porque certamente, tenho consciência de que estava perdendo a mão pré flop, e continuava nesta situação agora.

Pela lógica o UTG, C-betaria, até porque esse flop veio cheio de draws, então se analisarmos o range que demos a ele no início, ele vai C-Betar mesmo que tenha trincado, pois os draws para sequencia e flush ameaçam até mesmo a trinca, certo? Bem, isto é o que eu faria na situação dele tendo aquele range, porém ele opta por check, então aqui eu cometo um erro grosseiro, que foi analisar a situação como se estivesse no lugar dele, pela minha lógica de jogo, e assim eu descarto da mão dele praticamente todas as mãos que eu havia pensado que ele tivesse, pois acredito que ele protegeria a maioria delas neste caso, sobra-me pensar que ele estaria com AQ/ QQ, mãos que ele pudesse estar atrás ou incompleto, optando por check para controlar o pote e ver um showdown barato.

A ação chega em Daniel que tem a melhor posição, e ele beta (1800), menos de meio pote portanto, o que pra fim ficava claro que era uma tentativa de “compra-lo”, poderia ter pego um par do meio, um boton par, ou até mesmo ter um par na mão que fosse abaixo do flop, mas sentindo a fraqueza que a mesa demonstrava, tentou raptar o pote, acho justo, mais um erro cometido ao restringir a leitura do bet de Daniel à isto.

Agora a decisão está comigo, fold, afinal não tenho nada, mas largar um “nuts flush draw” é uma decisão difícil, call, mas ver o turn não bater a folha de ouros e ter que pagar outra pancada que virá depois tendo que acabar largando também não me pareceu a decisão correta, então sobrou-me 3-betar Daniel, sim, reraise na cabeça do maluco ladrão de potes, assim demonstro que “EU ACERTEI O FLOP”, podem dar fold que essa já era pra vocês.
Estava óbvio para mim no momento que 3-betar aquele flop era o melhor a se fazer, certamente o meu amigo do UTG largaria, pois já sabia que a situação tinha ficado ruim pro seu QQ ou AQ, e Daniel caso não estivesse somente roubando o pote daria call flop, check turn e eu poderia ver o ríver de graça caso não tivesse feito o flush no turn, estratégia perfeita, 3-Bet beirando os 4000 e agora esperamos os folds alheios.

O problema é que o meu Amigo UTG, não só, não dá fold, como vem de call All In com suas 2500 fichas restantes, o que faz com que aumente as odds do pote para que Daniel dê call, o outro grande problema é que Daniel, não apenas da call, ele vem de 4-bet All In, com todas suas 6800 fichas restantes, o que significa que para eu continuar no pote, terei que também dar um Call All In, ou praticamente isso, uma vez que dar este call e perder, sobraria-me na stack uma única blind para o restante do torneio e a estratégia perfeita estava desenhada para ir água abaixo.
Olha o tamanho da encrenca que eu fui arrumar, um Fold nesta situação e deixar metade da minha stack no pote estava fora de cogitação, até porque a essas alturas, eu tinha Odds para dar este call. O call embora acertado entregava meu torneio as mãos da sorte, afinal toda stack estaria na mesa, numa mão incompleta, mas a essa altura, era o que tinha que ser feito, não havia margem para fold, Call e showdown pré turn.

Amigo UTG apresenta (JJ) e Daniel (99), os dois trincados, vou para turn/ ríver com 8 outs (um dos 9 de Daniel era de ouros, o que me tirava um out), o turn vem com 10 de copas, o que me deu mais 6 outs (as damas e os oitos) para um sequência, no ríver para minha tristeza traz o 2 de copas, era o fim do torneio para o The Analyzer, que analisou toda a jogada igual sua cara, arça do car****.

Esta vai para reflexões meu amigos, o que vocês fariam diferente?
Fold pré flop porque jogar um A7 na pior posição e com raise do UTG já era prenuncio de roubada?
Estando no flop, um call no raise de Daniel seria o mais acertado, ou até mesmo um fold, afinal largando ali uma mão incompleta, teria uma stack restante de 6 à 7 big blinds e poderia esperar uma melhor hora para tentar dobrar novamente?
Pode ser que apareça alguém que concorde com a jogada, talvez mesmo sem ter logrado êxito, ela possa ter sido acertada, eu confesso, que já vi e revi várias vezes na minha mente, e não sei a qual conclusão chegar.

Vida que segue, e o baralho continua castigando.


Um abraço e até a próxima.


Um comentário:

  1. Então por um acaso vcs sabem se vai acontecer o satélite de hoje?

    por favor se souberem me avisem obrigado.

    ResponderExcluir