Márcio (Full House 2 e 5) X Dan (Pares 9 e 7)
Na small blind, e tendo (9 e 7), Dan pensava; Com essa mão de merd* o melhor era foldar, mas entregar de mão beijada essa blind pro Márcio é complicado, se eu der um raise, ele pode correr e eu roubar a big (blind) dele, porém se ele tiver um jogo bom, vou perder a blind e o raise, melhor mesmo é dar call. Por sua vez na big blind, Mano imaginava após uma puxada na bombinha; Queria muito ter pelo menos uma mão de merd*, com isso (5 e 2), tenho que torcer pra ele (Dan), não dar raise, bem que ele podia dar um call, e o flop me trazer um (A, 3 e 4). Pensamentos e imaginações à parte, após o call de Dan e o check de Mano, virava-se o flop.
Com uma precisão cirúrgica, o flop trouxe-nos (9, 7 e 2), e agora Dan tinha certeza de que sua
mão de merd*, certamente era o melhor jogo em disputa (Kassiano e Tio Lu haviam
foldados no pré flop), tendo em mente
de que pouquíssimas mãos seriam mais forte do que a sua (no caso 99, 77 e 22),
algo que certamente Mano não tinha, pois tivesse, provavelmente haveria dado um
raise de cara e a brincadeira toda
teria acabado, Dan colocava fichas no pote, intimidando Mano que por sua vez,
via brilhar uma luz no fim do túnel, afinal sua mão, evoluía para a classe
mão de merd*, e o flop fechava pra ele um par de (2).
Após Raises e calls
devidamente pagos, o turn nos
presenteava com um (5) e agora a luz no fim do túnel de Mano estava alta e com
os auxiliares acessos, ele fechava seu segundo par, Dan por sua vez ainda
acreditava ter o melhor jogo (e realmente tinha naquele momento), mas passava a
sentir-se ameaçado por outras mãos especulativas que Mano pudesse ter (8 e 6 por
exemplo), porém acreditava que seu jogo, ainda era forte o suficiente a ponto
de empenhar mais fichas naquele pote, que ficara bem atrativo à espera do ríver, e ele (o ríver) aposto para aprontar mais uma de suas malandragens, mesmo
sem ter seu jogador preferido na disputa, àquele momento.
O river traz
consigo outro (2) e também muita preocupação para Dan, agora ele não tinha mais
a certeza da melhor mão, na verdade, ele já tinha certeza de não tê-la, pois um
(2) e qualquer coisa com Mano, selaria a derrota, assim como Tio Lu na semana
anterior, Dan sentia o gosto amargo de ser traído por um ríver safado, a esperança de vencer aquela mão ainda existia, porém
a razão lhe dizia, que o boizinho e sua corda, seguiam tranquilos e serenos
para o brejo, Mano por sua vez, não teria audácia de pedir algo tão bom para
seu jogo no pré flop, (humildemente pedira uma sequencia de A a 5), mas os
Deuses do poker, lhe encaminharam um full
house, somente eles, para transformar um (5 e 2), em algo tão especial, que
virasse muitas fichas, um títiulo de torneio SAP e um texto na coluna
unforgettable, “Deuses do poker que
iluminam os torneios SAP, tenham compaixão daqueles que ainda acreditam no
ríver”.
Víamos o showdown,
e com ele a confirmação da razão de Dan, seus dois pares sucumbiam ao fullminante house de Mano, as fichas do
pote eram todas dele agora, o tri campeonato encaminhava-se, Dan neste momento
queria muito ter uma pequena dose de sorte e uma bombinha, sentia-se o mais
azarado entre todos os jogadores de poker do planalto serrano, dizia pra si mesmo
(80% das vezes não tenho nada, e quando tenho acontecesse uma dessa, já não
bastava o que aconteceu com minha trinca de valetes, malditos!), imagino algo
tipo Lippy e Hardy (ó vida, ó azar), ou o Cléber Machado gritando em seus
ouvidos (Hoje não, hoje não... hoje sim! Hoje sim?), Dan chegava em bankrupt, seria novamente o lanterna do
torneio, depois de um começo avassalador vencendo dois dos primeiros quatro,
detém ele o maior jejum de títulos dos membros do grupo, algum caminho errado
as suas vitórias resolveram tomar, agora é preciso resetar o GPS, tomar um
passe, ou fazer algo que lhe traga sorte e seu melhor jogo novamente, sorte
essa que não tem faltado a Mano, é o tempero de uma combinação perfeita com
talento, técnica e ousadia, um prato apimentado para seus adversários, três vitórias, duas consecutivas (uma como
anfitrião), e depois de conseguir extrair uma montanha de fichas de uma mão (2
e 5), se ainda lhe falta alguma coisa, eu não duvido, ele conseguirá.
Fabiano David
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